segunda-feira, 27 de julho de 2009

sábado, 25 de julho de 2009

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A vacina da gripe

Vejam a manchete publicada pelo jornal El Clarin da argentina a respeito da gripe A:

Gripe A: Argentina planteó levantar la ley de patentes para fabricar la vacuna
12:34
En la cumbre del Mercosur, Cristina pidió que "se propicie la suspensión" de esa ley para que en la región se pueda producir la vacuna. Agregó que la salud de millones de personas "no puede estar supeditada a interese económicos".


No Brasil, acompanhamos todos os dias notícias a respeito da Gripe A. Os médicos infectologistas e até mesmo o ministro da saúde dão pareceres sobre a nova gripe. Falam sobre formas de prevenção, os sintomas, etc. Mas nenhuma autoridade expôs o motivo pelo qual a produção da vacina no Brasil foi abruptamente proibida. Vendo a manchete de El Clarin entendemos o porquê da não aceitação do desenvolvimento de uma vacina brasileira. Afinal, a questão é econômica, quer dizer, brigas por patente. Enquanto isso pessoas vão morrendo todos os dias. Mas o nosso ministro só faltou dizer que não há problemas, pois pessoas morrem mesmo com a gripe sazonal. A verdade é que não se podia permitir que em nossa época pessoas morressem de gripe por descaso, ou melhor, por interesses econômicos que parecem estar acima de qualquer vida humana. A vacina está sendo desenvolvida na Austrália e será aplicada nos europeus e nos norte-americanos no próximo inverno, quer dizer, no final deste ano. E nós? Nós esperaremos até o próximo ano torcendo ansiosamente para que o vírus da gripe não nos infecte.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O rapaz do capuz (baseado numa história real)

Seu aspecto era horrendo, andava um tanto desleixado. Quem o visse de longe logo pensaria que se tratava de um mendigo mal cheiroso. Entrara pela loja como sempre fizera. Não olhava para os lados. Podia ser que alguém o quisesse inquerir sobre sua atitude incomum. As moças da botique já haviam se habituado com o inusitado rapaz de capuz preto que entrava toda noite no mesmo horário e que sempre fazia a mesma coisa: ia até o fundo da loja sem desviar o olhar, concentrado. Os clientes se assustavam com tamanha determinação e achavam que se tratava de um assaltante. De certa maneira, o que fazia, não deixava de ser um assalto, ainda que pequeno e vaidoso. Uma das moças da loja, novata naquele trabalho, não acreditou no que viu da primeira vez; na segunda se sentiu intimidada; na terceira deu risada; na quarta, na quinta e na sexta vez sintetizou aquilo no seguinte pensamento: Loucura!Realmente, só podia ser loucura. O cara entrava na perfumaria, escolhia um dos perfumes mais caros, usava-o e saía da botique sem dar qualquer explicação tal como "volto depois", "não me agradei" etc. Entrava e saía do mesmo modo, cabeça baixa, capuz preto, olhar de soslaio. Mas andava sempre perfumado. Um dia uma das vendedoras o viu passar um creme no cabelo. Pela primeira vez havia tirado o capuz preto. Sem hesitar ela lhe perguntou, o que achou do gel? E ele respondeu, fedido!