quinta-feira, 29 de abril de 2010

Dissertação de mestrado

Olá a todos,

Estou passando por aqui para dizer que minha dissertação de mestrado está disponível no seguinte endereço: http://www.teses.usp.br/ Basta digitar meu nome ou o título do trabalho que é: Entre as trevas e a luz: o percurso labiríntico em Todos os nomes de José Saramago.

Abs,
Murilo

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Três assuntos

1º A polêmica minissaia da Uniban tomou conta da mídia de tal maneira que até parece que vivemos em uma sociedade altamente tolerante, que sempre respeitou a diversidade, mas que de uma hora para outra mudou seu comportamento. Desculpem-me o vulgo, mas fizeram de um peidinho uma caguaneira... rs. Há pouco tempo dois rapazes homossexuais foram expulsos de uma festa na faculdade de medicina veterinária da USP pela insinuação de um beijo e isso não foi mostrado por nenhuma emissora. Acho que ninguém gravou as imagens no celular, que pena... Será que não deveriam ter promovido uma discussão? Ou ainda parado a universidade para discutir esse tipo de atitude intolerante como "especialistas" estão propondo no caso da minissaia. Mais uma vez, tenha paciência! Atos de intolerância é infelizmente o que mais vemos no dia a dia, basta sair com o carro na rua.

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2º Por falar em educação a Folha de São Paulo promete um novo caderno que será publicado às segundas e que abordará exclusivamente o assunto. Hoje o jornal deu uma prévia de como esse enfoque será trabalhado, dizendo entre muitas outras bobagens que o salário do professor não está relacionado diretamente ao bom desempenho do docente em sala de aula. Vamos fazer o seguinte, troquem o salário de um professor de ensino público pelo do jornalista que escreveu essa asneira. Tenho certeza de que o nosso ilustre jornalista pensará duas vezes antes de sentar em frente à tela de um computador em uma redação bem acondicionada e escrever bobeiras. Afinal, ele não conhece uma sala de aula e por isso não pode falar do que desconhece. Acho que a Folha de São Paulo assim como o grupo Abril deveriam recrutar os seus mais talentosos críticos da educação e colocá-los por mínimo seis meses em uma sala de aula numa escola pública na periferia de São Paulo, só para ver que excelente trabalho eles iriam desempenhar já que teoricamente são tão eficientes.

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3° Futebol. É vergonhosa a atuação de um árbitro como Carlos Eugênio Simon, sem palavras. Não, não sou palmeirense, mas este excelente juiz já tinha roubado o tricolor, expulsando injustamente o Rogério Ceni. E dizem que esse é o país do futebol, imaginem se não fosse...

sábado, 26 de setembro de 2009

Certas palavras

Quando criança eu me encantava com o som que certas palavras produziam. Achava bonita a palavra FAVELA, ela me fazia pensar em outros vocábulos tal como FIVELA. Eu na minha ingenuidade pueril não saberia distinguir o sentido das duas, mas o som de FA-VE-LA me causava um encantamento e também um temor. Mais tarde na adolescência, no tempo da escola, fiz amigos e lembro que alguns deles moravam em favela. Perdi ao mesmo tempo o receio e o encantamento que tinha pela palavra. Todavia, a favela ainda mexe comigo e ela me faz agora lembrar VELA ou até mesmo algo que mais tenha a ver com ela VIELA. Ocorre que esta palavra assim como outras está saindo do uso cotidiano e logo a favela morrerá, quer dizer, morrerá somente a palavra, pois as moradias em meio a vielas ainda ficarão suspensas no alto do morro, mudando-se apenas o nome que agora é comunidade. Passa-se o tempo e mudam-se os nomes, mas o que percebemos é que a realidade é a mesma. E o que dizer do preto velho? É melhor eu me corrigir e dizer idoso afrodescendente.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

sábado, 25 de julho de 2009

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A vacina da gripe

Vejam a manchete publicada pelo jornal El Clarin da argentina a respeito da gripe A:

Gripe A: Argentina planteó levantar la ley de patentes para fabricar la vacuna
12:34
En la cumbre del Mercosur, Cristina pidió que "se propicie la suspensión" de esa ley para que en la región se pueda producir la vacuna. Agregó que la salud de millones de personas "no puede estar supeditada a interese económicos".


No Brasil, acompanhamos todos os dias notícias a respeito da Gripe A. Os médicos infectologistas e até mesmo o ministro da saúde dão pareceres sobre a nova gripe. Falam sobre formas de prevenção, os sintomas, etc. Mas nenhuma autoridade expôs o motivo pelo qual a produção da vacina no Brasil foi abruptamente proibida. Vendo a manchete de El Clarin entendemos o porquê da não aceitação do desenvolvimento de uma vacina brasileira. Afinal, a questão é econômica, quer dizer, brigas por patente. Enquanto isso pessoas vão morrendo todos os dias. Mas o nosso ministro só faltou dizer que não há problemas, pois pessoas morrem mesmo com a gripe sazonal. A verdade é que não se podia permitir que em nossa época pessoas morressem de gripe por descaso, ou melhor, por interesses econômicos que parecem estar acima de qualquer vida humana. A vacina está sendo desenvolvida na Austrália e será aplicada nos europeus e nos norte-americanos no próximo inverno, quer dizer, no final deste ano. E nós? Nós esperaremos até o próximo ano torcendo ansiosamente para que o vírus da gripe não nos infecte.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O rapaz do capuz (baseado numa história real)

Seu aspecto era horrendo, andava um tanto desleixado. Quem o visse de longe logo pensaria que se tratava de um mendigo mal cheiroso. Entrara pela loja como sempre fizera. Não olhava para os lados. Podia ser que alguém o quisesse inquerir sobre sua atitude incomum. As moças da botique já haviam se habituado com o inusitado rapaz de capuz preto que entrava toda noite no mesmo horário e que sempre fazia a mesma coisa: ia até o fundo da loja sem desviar o olhar, concentrado. Os clientes se assustavam com tamanha determinação e achavam que se tratava de um assaltante. De certa maneira, o que fazia, não deixava de ser um assalto, ainda que pequeno e vaidoso. Uma das moças da loja, novata naquele trabalho, não acreditou no que viu da primeira vez; na segunda se sentiu intimidada; na terceira deu risada; na quarta, na quinta e na sexta vez sintetizou aquilo no seguinte pensamento: Loucura!Realmente, só podia ser loucura. O cara entrava na perfumaria, escolhia um dos perfumes mais caros, usava-o e saía da botique sem dar qualquer explicação tal como "volto depois", "não me agradei" etc. Entrava e saía do mesmo modo, cabeça baixa, capuz preto, olhar de soslaio. Mas andava sempre perfumado. Um dia uma das vendedoras o viu passar um creme no cabelo. Pela primeira vez havia tirado o capuz preto. Sem hesitar ela lhe perguntou, o que achou do gel? E ele respondeu, fedido!